Cuidar de um bebé é muito mais do que satisfazer as suas necessidades básicas. Os bebés precisam de se sentir amparados e desejados. A qualidade do vínculo afetivo que liga o bebé aos seus pais (ou a outros cuidadores principais) é a base do desenvolvimento de uma personalidade emocionalmente equilibrada e saudável.
O ser humano tem uma tendência inata para o contacto físico e psicológico com outros seres humanos e nos bebés esse comportamento é ainda mais evidente. O tipo de relação afetiva que os pais criam com o seu bebé, irá tornar-se na referência que balizará todas as relações que irá estabelecer ao longo da vida.
Porque é tão importante cuidar da relação com o meu bebé desde o nascimento?
A resposta reside no desenvolvimento do cérebro. Os primeiros meses e anos de vida são determinantes para a constituição das ligações neurológicas que permitirão a aprendizagem ao longo da vida. Esse processo inicia-se ainda durante a gravidez e é esse o motivo que leva muitos especialistas a incentivar o contacto precoce com o feto através do toque na barriga e dos sons, especialmente, da voz dos pais.
Apesar de, nos primeiros meses de vida, os bebés parecerem em estado de contemplação, estão na verdade muito atentos a tudo o que os rodeia e são extremamente sensíveis ao ambiente emocional onde estão inseridos.
“Os relacionamentos são cruciais. Relações consistentes, amorosas e positivas ajudam a construir um cérebro saudável e a proteger o cérebro do seu bebé contra os efeitos negativos do stress. Até mesmo crianças muito pequenas podem ter experiências de stress quando os lugares onde vivem se caracterizam por um ambiente inseguro ou assustador”. Dra. Joana Vilar, psicóloga.
Em que medida o vínculo afetivo ajuda meu bebé a desenvolver-se?
As crianças que recebem afeto e amparo na primeira infância (período compreendido entre o nascimento e os 6 anos) lidam melhor com as contrariedades e frustrações, constroem relacionamentos duradouros e seguros, são mais positivas e resilientes e têm maior autoestima. Esta é a conclusão de vários estudos que se debruçam sobre o desenvolvimento humano.
Como criar um vínculo afetivo forte com o meu bebé?
As crianças que se sentem amadas e compreendidas, desenvolvem uma série de competências que as ajudam a desenvolver as ferramentas emocionais de que necessitam para lidar com vários desafios. Estes, vão seguramente existir ao longo da vida, mas o modo como são encarados pode fazer toda a diferença.
Situações de conflito, por exemplo, vão existir sempre. Na creche, na escola, no trabalho, nas relações pessoais, … mas o modo como são encaradas depende muito das características da personalidade de cada um.
O vínculo afetivo começa nos estímulos mais simples:
- Quando responde ao choro do seu bebé;
- Quando fala com ele olhando-o nos olhos;
- Quando sorri e o mima;
- Quando brincam ou passam tempo juntos.
Os bebés não gostam de estar sozinhos. Mas mesmo quando está ocupada podem fazer companhia um ao outro. Não precisa de estar com ele ao colo para interagirem. Coloque-o em segurança perto de si. De modo a que se possam ver mutuamente.
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O que posso fazer para estimular o meu bebé?
Para além dos cuidados básicos, aproveite as situações do dia-a-dia para estimular os sentidos e comunicar naturalmente com o seu bebé:
- Descreva o que está a fazer ou o que estão a ver: quando prepara o banho, na muda da fralda, nas viagens de carro, enquanto cozinha…
- Identifique os objetos: a fralda, o biberão, a escova do cabelo, as peças de roupa, as cores e texturas dos brinquedos…
- Preste atenção a sentimentos e necessidades: o tipo de choro (no início o choro parece todo igual mas depressa aprenderá a distingui-los), os sinais de cansaço (choro, agitação, birras), os sintomas de fome ou de sono…
- Invista no contacto físico: massagens, abraços, beijos, sorrisos, mimos, carinhos… O contacto físico proporciona grande conforto aos bebés. O toque transmite segurança e afeto.
- Estimule a comunicação e a linguagem: ler ou contar histórias, jogar, descrever o que está a fazer, descrever o seu dia, cantar… são algumas formas de demonstrar atenção (ver Como aprendem os bebés a falar?).
- Volte a ser criança: brincar é a principal atividade na primeira infância e os pais são o brinquedo preferido dos bebés. Muito mais do que entreter, brincar permite que a criança aprenda e desenvolva uma série de capacidades que serão muito úteis para manipular o mundo real.
- Aproveite os momentos de descanso para estimular o seu bebé: como os bebés adoram companhia, interagir e desenvolver algumas atividades enquanto estão confortavelmente acomodados na esperguiçadeira, irá tornar esses momentos ainda mais descontraídos e estimulantes (ver Jogos e brincadeiras na espreguiçadeira).
- Escolha cuidados infantis de qualidade: quando não puder ficar com o seu bebé certifique-se que o deixa com um bom cuidador. Escolha alguém em quem confia, que irá responder às necessidades emocionais do seu bebé e proporcionar um ambiente seguro e saudável, com oportunidades para aprender e crescer.
Muita atenção cria crianças pouco independentes?
Criar com apego não significa que a criança se torne dependente dos pais. Segundo esta teoria, quando a criança se sente segura (o que é proporcionado pela relação de confiança que tem com os pais), desenvolve a confiança necessária para explorar o mundo por conta própria.
Por outro lado, dar atenção à criança, não significa que ela possa fazer tudo o que quer. As regras também são parte integrante do desenvolvimento saudável. Igualmente importante é explicar claramente à criança o que motiva as regras, o que é certo e o que é errado e porque há certos comportamentos que não são admitidos. Ao educar desta forma, ela vai compreender quais são os seus limites, as razões dos pais e as suas também.
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